segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Tapeçaria de painel automotivo em 16 passos

Como é feito revestimento de painel automotivo

Todos gostam de um carro bonito por fora, e muitos trabalhos de alteração são realizados mas o que dizer do interior? Você passa algumas horas dentro do veiculo sempre olhando pra frente e as vezes enjoa do interior, o mesmo banco, o mesmo painel, e com a popularidade dos carros compactos, é cada vez mais comum andar nas ruas e ver um carro igual o seu. Por isso alguns decidem mudar um pouquinho e deixar o interior com a cara do dono.
O painel é uma peça que poucos mexem, até porque os profissionais especialistas em painel, são poucos no mercado. Alem disso remove-lo não é tão fácil como parece, e sempre é necessário a ajuda de um técnico especialista em elétrica, e um tapeceiro especialista em revestimentos em couro.
Primeiro passo é a escolha da cor.  A seguir  a escolha correta do couro também ira definir a qualidade do serviço.  Veja abaixo o passo a passo para dar aquele Up na caranga!


Item 1:Temos o nosso painel desmontado.  Ele deve ser limpo com produto próprio, e depois é lixado. A seguir o profissional marca os pontos de curva que irão coincidir com os pontos do molde. 
Item 2: A parte mais difícil é o molde, nesse momento um tecido pouco transparente, e mole é aplicado no painel se ajustando a todas as curvas e permitindo uma visão dos pontos marcados 
anteriormente.
  Item 3/4:Com o molde em mãos é hora de estende-lo em cima da pele de couro que de preferencia deve estar em uma mesa revestida de chapa de zinco, e iniciar o corte das varias peças.
Item 5: Antes de começar a costura, deve estender as peças de couro em cima do painel para verificar se não a dobras, rugas ou estrias, o que tornaria a peça impropria para aplicação.
Item6 : O costureiro profissional usando uma maquina de triplo transporte deve ter foco no layout marcado na pele, para combinar todos os pontos marcados anteriormente no molde, caso contrario não conseguirá montar.

Item 7: Vou lhe revelar um segredo da costura profissional, após a costura simples, fazer piques nas curvas e colar toda a beirada, para evitar marcas na superfície do painel.
Item 8: Aqui o costureiro faz o pesponto, que deve ser minuciosamente calculado, um único erro compromete a peça toda. Paineis de Ferrari, Porche, Lamborghini, BMW, Masserati entre outros carros são feitos de forma artesanal, seguindo os exemplos acima, basta um pequeno erro do costureiro para que toda a peça va para o lixo.
Item 9: Após terminar de costurar todas a peça, deve-se cortar as bordas de couro(fig. 8) das dobras, próximo a costura para evitar possíveis defeitos na superfície do painel.
Item 10: É feito o teste para saber se a capa se ajusta corretamente ao painel, o profissional observa todos os ângulos antes de fazer a aplicação da capa.
Item 11: O momento de passar cola própria pra couro em toda a capa, e também no painel. O ideal é dissolver a cola e pulverizar com pistola de pintura em ambas as superfícies a serem coladas.
Item 12: Passar cola no painel e aguardar um período de tempo acima de 1 minuto antes de efetuar a colagem( cada fabricante de cola define um tempo de espera diferente).
Item 13: A colagem da capa deve seguir os pontos de marcação, localizados na capa e no painel. E necessário muita atenção para não deixar os pontos fora, não pode ter erro superior a 1 centímetro no encontro entre um ponto e o outro.
Item 14: Antes de aplicar a capa é aconselhável amolecer a cola com secador de ar quente de alta potencia, para que a modelagem e a colagem saia de modo mais perfeito.
Item 15: Nas áreas maiores do painel ( Como a parte superior, as vezes não é necessário costuras, o couro macio consegue fazer a modelagem e pequenas curvas).
Item 16: Depois de terminado o processo, é hora de montar novamente o painel ( sempre com ajuda de um profissional que entenda de funilaria e elétrica) , o revestimento em couro não afeta em nada na montagem, e não altera as características originais de nenhum funcionamento dos instrumentos do painel.
O resultado é um interior charmoso com um requinte que só os carros de luxo mais caros do mercado possuem. A durabilidade do couro é de cerca de 20 anos desde que seja feita a correta hidratação de 6 em 6 meses.

Por: Rudge Frank, Instrutor em tapeçaria

3 Motivos para reformar seu sofá

E agora, o que fazer com o sofá, reformar ou jogar fora?


Muitas pessoas pensam que quando sua peça favorita da sala ficou velha, deve ser jogada fora pois atingiu o fim da sua vida natural. Isso não é o caso. É preciso analisar e ver o que realmente compensa.

Primeiro se deve  analisar o preço de mercado de um modelo igual o seu.

O preço dos produtos nas lojas sobe a cada ano, por isso se pergunte, quanto você pagou nele na época que comprou. Ex: Se você pagou um valor X há 10 anos, com certeza o mesmo modelo hoje estará custando de 50 a 80% a mais, o que indica que a reforma é a melhor opção pois é mais barata que o valor do modelo novo da loja.

Alem do valor econômico do produto é preciso saber o ‘’valor estimativo’’ que esse móvel representa pra você, pois pode ser uma lembrança de um ente querido, e nem sempre queremos desfazer das recordações. O que pra uns pode não valer nada, pra outros pode ter um valor enorme fazendo a restauração valer muito a pena.

Segunda analise é sobre a qualidade do sofá da loja e do que você já tem em casa.

Hoje em dia somos bombardeados com informações de todos os lados e influenciados a participar do ciclo do consumismo, onde nada se aproveita. Mas a verdade é que os sofás modernos estão cada vez mais frágeis, pois os fabricantes querem que o produto acabe rápido para daqui a 2 anos, o cliente comprar novamente, gerando lucros repetidos para as industrias que operam com estratégias de obsolescência programada. Se você tem algo aparentemente bom, não vale a pena trocar por outro mais frágil.

A diferença entre a durabilidade do novo e do reformado

·         Sofá novo: A maioria dos fabricantes colocam tecidos bonitos, porem finos, que rasgam muito depressa. A espuma aplicada é sem densidade e deforma muito rápido. As madeiras utilizadas na fabricação são mais finas e quebram com mais facilidade. Persintas elásticas são mais frágeis e se quebram facilmente.

·         Sofá reformado: Com ajuda de um profissional você mesmo pode escolher um tecido de qualidade e de alta resistência. Durante a reforma a estrutura pode ser reforçada com madeiras grossas que resistirão pesos de até 350 kg. A persinta elástica usada nos assentos é mais grossa e mais resistente a altas pressões. O sofá pode receber tratamento anti-cupim. A durabilidade de um sofá reformado por um profissional pode se estender a 10 anos ou mais.

Resumindo; A reforma oferece um produto de mais qualidade por menor custo, resgatando aquele sofá de valor sentimental e ainda é uma ideia sustentável, pois não usa a matéria prima que seria necessária na produção de um novo, economizando também energia e não polui o meio ambiente com o descarte.


Rudge Frank, instrutor de tapeçaria.